segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Série: Jogos inesquecíveis - Brasil 61x60 Porto Rico - Copa América 2009

Quem não se lembra da Copa América de 2009? Pois é... O Brasil conquistava ali um título muito importante pra nós, e o que ficou marcado nessa conquista foi a final, um jogo de defesas fortes que resultou em vitória brasileira. Confira um pouco mais sobre esse jogo!

O ala-armador brasileiro do Toronto Raptors Leandrinho Barbosa foi o cestinha da decisão com 24 pontos, e foi um dos candidatos á MVP do campeonato mas o prêmio ficou com o ala/pivô Luis Scola da Argentina.

Um pouco mais sobre o jogo:
Como todo jogo de decisão, a partida começou tensa e com muitos erros bobos no ataque de ambas equipes. A seleção portorriquenha contava com um gigante de 2,20m no garrafão (Peter Ramos) que contribuia até alí nos rebotes e os chutes de curta distância. Alex, do Uniceub/Brasília era certeiro em seus gatilhos pra três pontos e Leandrinho em dia inspirado, não errava nenhuma bandeja. Um primeiro quarto forte de muita defesa e erros que acabou em 19 a 13 para a seleção brasileira. Como no outro jogo, a seleção começou jogando muito bem no quarto inicial livrando uma boa vantagem.

A equipe brasileira voltou com o mesmo ritmo para o segundo quarto, Alex acertou uma boa bola de 3 e foi estendendo a vantagem brasileira. Leandrinho estava impossível, o ala/armador penetrando muito bem na defesa da seleção de Porto Rico com bandejas maravilhosas, além dos chutes de longa distância. Pelo lado portorriquenho, o pivô Reyes fazia a diferença em bons rebotes e o trabalho bem feito no garrafão. O Brasil chegou a abrir 16 pontos de diferença, mas deixou a vantagem escapar no fim do período. Final de segundo quarto, Porto Rico 15 x 14 Brasil e as equipes foram para o intervalo com a vantagem brasileira no placar de 8 pontos (36 a 28).

No terceiro quarto, a seleção brasileira voltou bem disposta a abrir mais a vantagem que já era boa. Tiago Splitter decidiu jogar e começou a pontuar bem, além de segurar vários rebotes importantes no restante do jogo para a equipe brasileira. Quando a diferença foi pra 14 pontos novamente, o técnico portorriquenho Manolo Cintron pediu tempo para tentar re-organizar sua equipe, mas nada podia amenizar a força brasileira, que realmente estava em seu dia e conseguiu fechar o terceiro período com a vantagem de 2 pontos (14 a 9) indo para o último e decisivo quarto do jogo vencendo por 50 a 37.

O último quarto foi marcado por fortes emoções do jogo. A defesa de Porto Rico voltou muito forte pro jogo (mais do que já estava). Angel Vassallo começou a moer no jogo, com bolas de três sensacionais e o time portorriquenho apesar da diferença atrás do placar estava viva no jogo e não desistia momento algum... E por incrível que pareça o Brasil que liderava uma vantagem de 10 pontos até os 3 minutos finais de jogo, veio uma reação fenomenal da seleção de Porto Rico com sequências de bolas de 3 e bandejas no contra-ataquem e encostaram no placar. Santiago deixou o jogo emocionante e diminuiu a vantagem brasileira deixando o placar em 59 a 57. Após isso, com muita frieza, o pivô brasileiro Tiago Splitter aliviou um pouco com 2 lances livres certeiros e fez 61 a 57. Já no próximo ataque, o Porto Rico descontou a vantagem com uma infiltração excepcional de Arroyo, que além dos 2 pontos, teve o lance de bonificação da falta que sofreu (inclusive uma falta que pra mim não existiu, muito esquisita) e deixou o placar em 61 a 60 pro Brasil. No ataque brasileiro seguinte, Splitter tentou um gancho mal sucedido. Assim, o treinador da seleção brasileira Moncho Monsalve pediu um tempo para que ele acertasse sua defesa, e conseguiu! O chute de Arroyo da linha dos 3 pontos bateu no aro e não caiu, para a festa da equipe brasileira!

O Brasil conquistou o título com dez vitórias em 11 partidas (a única derrota foi justamente contra a seleção de Porto Rico). Na preliminar a Argentina conquistou a medalha de bronze ao derrotar o Canadá por 88 a 73.


"Foi a vitória de uma equipe guerreira, que mostrou determinação desde a primeira partida. Sabíamos que a final seria um jogo muito difícil. Por isso, mesmo quando abrimos uma boa vantagem, a partida não estava ganha. No minuto final, tivemos tranquilidade para suportar a pressão e ganhar o primeiro de muitos títulos dessa nova seleção”, afirmou o ala/armador Leandrinho Barbosa.

“Esse título é um prêmio para um grupo que fez da união o seu ponto mais forte. Conseguimos superar o time da casa e uma torcida de dez mil pessoas. Vamos festejar porque merecemos e vamos dividir essa conquista com a torcida brasileira”, comentou o pivô Tiago Splitter.

“Fizemos um primeiro tempo muito melhor do que o segundo, mas o importante é que tivemos calma para fechar o jogo e garantir o título para a grande torcida brasileira. Estamos todos de parabéns, atletas e comissão técnica. O Moncho fez um excelente trabalho e acho que estamos no caminho certo para fazer um belo Mundial e conquistar a tão sonhada vaga olímpica”, analisou o armador Marcelinho Huertas.

“Foi difícil, mas conseguimos vencer e ser campeão é sempre muito gostoso. O jogo teve um final sofrido, mas com um bom rendimento nos três primeiros quartos conseguimos abrir uma boa vantagem no placar. Acredito que esse título seja o primeiro de uma série que essa geração irá conquistar”, disse o ala-pivô Anderson Varejão. 
Campanha brasileira:
1ª fase
Brasil 81 x 68 República Dominicana
Brasil 87 x 67 Venezuela
Brasil 76 x 67 Argentina
Brasil 84 x 64 Panamá
quartas-de-finais:
México 61 x 92 Brasil
Brasil 68 x 59 Canadá
Brasil 82 x 62 Uruguai
Brasil 82 x 86 Porto Rico
semi-final
Brasil 82 x 62 Canadá
final
Porto Rico 60 x 61 Brasil
Melhores momentos da partida:
 


Fotos: basketbrasil

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